Quando não é Ibope Bolsonaro tem 56%

Enquanto Ibope dá 34% RealTime Big Data é 56%

Dia 20/03/2019 foram divulgadas duas pesquisas sobre popularidade uma do Ibope e outra divulgada pela rede Record.

O governo do presidente Jair Bolsonaro tem 56% de aprovação dos brasileiros em quase três meses mandato, segundo a primeira pesquisa de avaliação geral da Presidência da República, realizada pela RealTime Big Data. A pesquisa, encomendada pela Record, foi realizada no período de 18 a 19 de março, com 2 mil entrevistados. A margem de erro é de 3% e o índice de confiabilidade, de 95%

Já para o Ibope/Rede Globo os números são outros;

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (20) mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL):

  • Ótimo/bom: 34%
  • Regular: 34%
  • Ruim/péssimo: 24%
  • Não sabe/não respondeu: 8%

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre 16 e 19 de março.

O nível de confiança da pesquisa é de 95%

Erros do Ibope.

Em 2018 os erros do Ibope foram muitos, mais erros  do que acertos.No Jornal Nacional de sábado, a 12 horas de iniciar a votação, Ibope e Datafolha cravaram 40% para Jair Bolsonaro. Deu 47%. Em Minas, o Ibope de sábado (6) deu Anastasia com 42% para o governo. Contados os votos, Zema (Novo), em 3º no Ibope, teve 43%. Ibope e Datafolha e outros institutos apontaram Dilma eleita senadora em Minas, “mais votada”

No Rio, o Ibope divulgou pesquisa na véspera da eleição indicando 4º lugar e 12% para Wilson Witzel (PSL) na disputa para governador. Foi o mais votado, com 42%.

O primeiro a avisar que não confiava nas pesquisas, foi o senador e candidato derrotado ao Senado Federal, Roberto Requião (MDB).  ele disse que se quisesse comprar um peixe iria na peixaria e se quisesse comprar uma pesquisa iria no Ibope. Tinha razão. Despencou de 39% para menos de 15% e perdeu a eleição.

Os últimos levantamento do Ibope, maior instituto de pesquisas do país, divulgadas antes do primeiro turno nos 26 Estados e no Distrito Federal divergiram da apuração, fora da margem de erro, em 17 unidades da Federação, ou 66,66%. segundo jornal OTEMPO

Em 2014 Em relação à disputa entre Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), o Ibope apontava, no dia 4/10, que a presidente teria 46% dos votos válidos, enquanto Aécio Neves teria 27% e Marina Silva teria 24%. No dia seguinte, no entanto, os eleitores deram à presidente 41,59% os votos válidos, enquanto Aécio Neves somou 33,55% e Marina Silva ficou com 21,32%.

Na guerra de narrativas dos institutos de pesquisa do Brasil, ignora-se o dado mais importante sobre as próprias pesquisas e suas supostas “margens de erro” auto-atribuídas: quanto já acertaram no passado? No caso de Datafolha e Ibope, os mais famosos, o que chama a atenção não é o fato de terem mais errado do que acertado: é como sempre erraram a favor do PT.

 Em 2002, supondo 3,56% a mais de votos para Lula, e não encontrando 1,19% de votos para Serra. Quatro anos depois, já uma bizarrice descarada: um errinho de apenas 0,61% a mais para Dilma, mas um descalabro erro de 9,36% a menos para Alckmin, que se sagrou com 41,64% dos votos válidos (e não os 32% chutados pelo instituto). No total, 9,97% de erro a favor de Lula. Errar um décimo dos votos é coisa para enquete de Twitter, não instituto que se diz sério.

Não se pode levar o Ibope a sério.

 

Referência [1] [2][3] [4]

José Carlos Martins

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